segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ponta de cigarro

Forma ígnea, estigma de mim
Vem de você, e queima
E teima em consumir meu coração
Até sobrar só o seu

Parece uma coluna sem fim
Transpassando o céu e o inferno
Buscando ser definitivo e eterno
Mas não passa de disforme esperança

E vai iludido abrasando mundos
Transformando em cinzas outros sonhos
Como uma inocente ponta de cigarro
Que destrói, sem saber, uma galáxia

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