sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eu, monstro

Este olhar que me vê um monstro nojento
E esta boca que me fala do nojo por mim
É o olhar que pensei ser meu por um momento
E a boca que sonhei beijar sem fim

Se para mim, agora, só resta teu escárnio
Ou pior: Tua indiferença
Desço do cadafalso para o exílio involuntário
Ainda não deixo que a morte me vença

Se bem que morto já estou
A caminhar pelo inferno da culpa e arrependimento
Sabendo tristemente o monstro que sou
E o vazio mundo que herdo em sofrimento

Então adeus minha esperança
Vou em busca do perdão
Em breve não serei nem mesmo lembrança
No teu ou em qualquer outro coração...

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